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Primeiras experiências para geração de renda com o Baru (cumbaru) do Cerrado 5u6v5t

4 minutos de leitura

*Texto originalmente publicado em 2001 e atualizado em 2019 1y566

As primeiras experiências para a geração de renda com a utilização sustentável dos recursos que o Cerrado oferece no Assentamento Andalucia, localizado no município de Nioaque (MS), são com a espécie nativa Baru ou Cumbaru (de nome científico Dipteryx allata).

Oficinas foram realizadas sobre o beneficiamento do Baru e outros frutos do Cerrado (Foto via Blog da Rede Cerrado)

A proposta para o beneficiamento da leguminosa com a realização de pesquisas de novos usos e inserção na alimentação humana como, por exemplo, na merenda escolar, é pioneira e inédita em Mato Grosso do Sul. A valorização que a espécie tem no mercado consumidor é um dos grandes atrativos para o investimento na produção sustentável. No Brasil, uma tonelada de amêndoas beneficiadas de Cumbaru vale cerca de 15 mil reais. (*Hoje, Centro de Produção, Pesquisa e Capacitação do Cerrado (Ceppec) a vende por 60 reais).

Além da coleta feita sem agredir a planta ou desequilibrar o meio ambiente, a produção de alimentos com o Cumbaru no Andalucia é parte da matéria-prima para produção fornecida por um viveiro do próprio assentamento.

O assentado e coordenador do viveiro, Donizete Bilhar, afirma que o Cumbaru é uma das principais espécies dentre as 5 mil mudas nativas do Cerrado produzidas e disponíveis para plantio. “Do fruto do Cumbaru se extrai uma amêndoa consumida como aperitivo e a polpa também se torna alimento para o homem ou animal. Nos campos de Cerrado, a espécie pode ser utilizada como forrageira e alimento para o gado”, comenta Bilhar sobre as vantagens da planta.

O pequeno produtor também já está participando de um processo de capacitação. Bilhar participou de 24 a 26 de janeiro (*2001), em Brasília – Distrito Federal, de uma oficina de planejamento dos projetos selecionados dentro do Programa de Pequenos Projetos (o PPP do GEF). De volta a Mato Grosso do Sul, Bilhar está bem otimista. “Acho que as coisas vão melhorar muito mais”, afirma o assentado que trocou experiências com integrantes de outros projetos desenvolvidos em Tocantins, Goiás, Mato Grosso, Maranhão, Piauí e Roraima. “Pela primeira vez aprendi a eliminar falhas e melhorar projetos apresentados, além de fazer contatos importantes para as ações no assentamento”, diz ele.

O viveiro mantido por 12 famílias de assentados é uma das iniciativas da Ecoa para a construção de um modelo de assentamento sustentável em MS. *Em 2001, eram comercializadas mudas nativas do Cerrado a 1 real e a experiência forneceu subsídios para a implantação da Rede de Sementes do Pantanal, um projeto de estruturação de redes para fomento ao setor de sementes e espécies florestais.

Iasmim Amiden 3gh1n

Jornalista e Coordenadora do Programa Oásis da Ecoa.

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