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Pesquisadores avaliam impactos da pesca profissional no Pantanal 1c3v6j

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Texto originalmente publicado em: 03/10/06 5z3158

Trabalhando desde o início de 2006 na criação de um calendário sazonal para os pescadores profissionais artesanais, pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária do Pantanal (Embrapa Pantanal) visitam desde o dia 2 de outubro as colônias de Aquidauana, Miranda e Corumbá, no Mato Grosso do Sul.

Os pesquisadores conversaram com os pescadores para se informar sobre as atividades. O objetivo do projeto é promover um resgate da memória da pesca na região e, ao mesmo tempo, avaliar o impacto das variações de captura no modo de vida das populações.

A partir do calendário sazonal será possível analisar a disponibilidade de estoques pesqueiros e de que forma os mesmos são ados pelos pescadores ao longo do ano, por exemplo.

Segundo a pesquisadora da Embrapa Pantanal, Cristhiane Amâncio, o trabalho será feito com base nos dados do Sistema de Controle da Pesca de Mato Grosso do Sul (Sesca). Com mais de 100 mil registros, o sistema é tido como um dos maiores conjunto de dados contínuos da pesca de águas interiores do país. A pesquisadora ressaltou que as informações do sistema permitem diferentes interações e abordagens que serão utilizadas para comprovar indagações científicas, especulações do senso comum e analisar os impactos na sustentabilidade da atividade pesqueira no Pantanal.

O projeto envolve pescadores de três colônias da região pantaneira, nas cidades de Aquidauana, Miranda e Corumbá, sendo que só neste último, o número de famílias chega a 1.200.

Sesca

O Sistema de Controle da Pesca de Mato Grosso do Sul (Sesca/MS) foi implantado em 1994, numa parceria entre a Embrapa Pantanal, o 15º Batalhão de Polícia Militar Ambiental e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente. Pelo sistema foi realizada a coleta e a analise de informações sobre a pesca em toda a Bacia do Alto Paraguai, tais como quantidade de pescado capturado por espécie, por rio, por mês, número mensal de pescadores que atuaram nos diferentes rios, obtendo uma descrição anual detalhada sobre a pesca.

Entre os anos de 1994 e 1999, por exemplo, informações coletadas pelo Sesca revelaram que o nível de exploração dos estoques pesqueiros no Pantanal encontrava-se baixo diante de seu potencial, sendo que apenas uma espécie, o Pacu, apresentou indicativo de sobrepesca. Essa constatação motivou o aumento do tamanho mínimo de captura dessa espécie a fim de protegê-la. Além disso, no mesmo período, ficou claro que a maior quantidade de pescado capturada nos rios pantaneiros era atribuída aos pescadores amadores, também conhecidos como pescadores esportivos.

(Foto de capa via O Pantaneiro)

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