A partir de novembro/dezembro de 2024 e janeiro de 2025, as sub-bacias da parte norte da bacia do rio Paraguai receberam chuvas consideráveis, enquanto, no mesmo período, as principais sub-bacias da região sul registraram precipitações baixas. 2po6a
Esse cenário começou a mudar em março, com as sub-bacias dos rios Miranda, Aquidauana e Taquari — as principais da parte sul — recebendo intensa precipitação. Alguns rios chegaram a ser classificados em estado de “alerta” para cheias perigosas nos municípios.
O resultado para a planície pantaneira — para onde as águas dessas sub-bacias são drenadas — pode ser observado em imagens recentes de satélite, que indicam redução do estresse hídrico na vegetação. Isso representa um cenário diferente do observado há poucas semanas na parte sul, o que é muito positivo, pois reduz a probabilidade de grandes incêndios na planície pantaneira no curto prazo.
E o médio prazo?
Como se sabe, as águas que chegam ao Pantanal não permanecem: são escoadas lentamente para o sul, até o Fecho dos Morros, em Porto Murtinho (MS), onde o Pantanal termina. Nesse momento, observa-se uma queda considerável do nível dos rios abastecedores ao norte. Em Bela Vista do Norte (divisa entre Bolívia, MS e MT) e em Porto Amolar (a jusante de Corumbá e Ladário, MS), o rio Paraguai tem aumentado seu nível diariamente entre um e dois centímetros, abastecido pelas águas das sub-bacias do norte.
A Ecoa tem considerado um cenário de seca a médio prazo e tendo em conta que a vegetação crescida rapidamente no período úmido servindo de combustível para o fogo, em algumas regiões pode-se ter a ocorrência de incêndios – diante desse cenário o trabalho atual é de preparação e prevenção.
A Ecoa tem considerado um cenário de seca a médio prazo e, tendo em conta que a vegetação cresceu rapidamente durante o período úmido — servindo, portanto, de combustível para o fogo —, é possível que ocorram incêndios em algumas regiões. Diante desse cenário, o trabalho atual é de preparação e prevenção..