Moradores da comunidade da Barra do Rio São Lourenço, localizada a montante de Corumbá (MS), na margem esquerda do rio Paraguai, pedem socorro. Eles relatam que onças têm se aproximado das casas durante a noite, atacando animais domésticos e deixando rastros por toda a região. 233n4o
“Essa noite foi de terror (…) A onça veio e não estava sozinha”, conta Dona Eliane, uma das líderes da comunidade, em vídeo enviado à Ecoa. Nas imagens, ela mostra o galinheiro arrebentado, uma galinha morta e relata que outros animais foram levados.
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Segundo ela, os ataques têm sido recorrentes e os moradores vivem agora em estado constante de alerta e medo — com receio de que vidas humanas também estejam em risco.
“A gente está preocupado. (…) a gente fica só nessa ideia de gritar, gritar. É muito revoltante. A gente sabe que a gente não vale muita coisa. Mas a gente não vai ficar parado, esperar a onça comer a gente pra viver, pra ser notícia”.
A Ecoa informou a situação ao Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e pediu urgência nas providências para garantir a segurança das famílias e, ao mesmo tempo, preservar a fauna silvestre.
A região da Barra do São Lourenço foi devastada pelos incêndios em 2024 — o que levanta um sério questionamento: seria a escassez de alimentos uma das causas para a aproximação crescente desses animais das casas dos moradores?
O Pantanal e as onças. O que fica claro nas entrevistas de pesquisadores sobre as onças no Pantanal e o ataque ao senhor Jorge, caseiro de pousada nas margens do rio Aquidauana (MS), é que são necessárias novas pesquisas sobre a a fauna região, pois tempos de eventos climáticos extremos, como as grandes secas de 2020 e a de 2024, certamente provocam alterações profundas nos ecossistemas que dão e aos animais. Em 2021 as onças devoraram todos os cachorros das famílias que vivem ao longo do rio Paraguai e invadiram casas e agora, em 2025, chegam informações, através de nossas redes, de que em algumas regiões voltam a atacar cachorros. (Alcides Faria)
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