O Baru e sua cadeia socioprodutiva 2d732p

3 minutos de leitura

Publicado originalmente no dia 12 de março de 2021. 3r4w6t

 

Por Luiza Rosa.

 

Em 1997, pouco tempo depois do assentamento Andalucia (Nioaque, MS) ser implantado, os moradores conheceram o Baru. “A gente ainda não sabia se fazia bem, se fazia mal, se era veneno ou não. As crianças começavam a comer a frutinha, a maioria dos pais achava que podia dar uma diarreia, que pudesse ser tóxico”, diz Rosana (Preta), presidente do Centro de Produção, Pesquisa e Capacitação do Cerrado (CEPPEC), à Ecoa.

Com o apoio da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, o CEPPEC compreendeu que o Baru era alimentício e comercializável e começou a extraí-lo montando uma cadeia socioprodutiva, algo que ninguém ainda havia feito no Brasil.

O grande aproveitamento do Baru, cujo nome científico é Dipteryx alata, é a castanha, mas ele tem outros subprodutos a serem desenvolvidos, como a polpa e o endocarpo. A castanha tem grande aceitação no mercado, “inclusive no mercado internacional, a ponto de seu trabalho (do CEPPEC) ter alcançado articulações com os Estados Unidos para venda de grandes quantidades ao setor gastronômico, como negociações de uma tonelada de castanha.”, explicou Nathalia Eberhardt Ziolkowski, socióloga da Ecoa, coordenadora de um dos eixos do projeto Eccos, que atua na promoção de sistemas de produção sustentável em que comunidades e assentamentos rurais, camponeses, indígenas, participam de cadeias de valor baseadas na biodiversidade.

O papel da Ecoa, por meio do projeto Eccos, na cadeia socioprodutiva do Baru é o de contribuir para o desenvolvimento e melhoramento dessa cadeia de valor, bem como promover o reflorestamento da espécie, pensando em aumentar a produção e a sustentabilidade na extração.

O projeto Eccos é um consórcio interinstitucional coordenado pela Fundación para la Conservación del Bosque Chiquitano (FCBC), na Bolívia, e coordenado pela Ecoa, na parte brasileira. Além dessas organizações, fazem parte do projeto a Fundación Amigos de la Naturaleza (FAN, Bolívia), Asociación para la Conservación de la Biodiversidad y el Desarrollo Sostenible (SAVIA, Bolívia), Bosques del Mundo – Verdens Skove (BdM, Dinamarca) e o Governo Autônomo Departamental de Santa Cruz (GADSCZ, Bolívia). Com financiamento da União Europeia, teve início em 2018 e está sendo encerrado agora, em 2021.

Assista abaixo ao vídeo produzido pela Ecoa, via projeto Eccos, que trata da cadeia socioprodutiva do Baru junto ao CEPPEC, no assentamento Andalucia.

Luiza p3m1

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