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Incêndio no Pantanal deixa cidades em situação de emergência e sem internet 53a1s

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Equipes de combate a incêndio tentam apagar fogo em área de hotel fazenda no o do Lontra, em Miranda (MS). Foto: Corpo de Bombeiros Mato Grosso do Sul

Via Folha de S. Paulo sh5b

Por Fernanda Athas

Equipes de combate a incêndio tentam apagar fogo em área de hotel fazenda no o do Lontra, em Miranda (MS). Foto: Corpo de Bombeiros Mato Grosso do Sul

Um incêndio de grandes proporções atinge desde o último domingo (27) uma extensa área de pantanal entre os municípios de Aquidauana, Miranda e Corumbá, em Mato Grosso do Sul. O fogo se espalhou por cerca de 50 mil hectares, tamanho equivalente ao da cidade de Maceió.

As chamas, que se alastraram rapidamente pela mata seca, impulsionadas pelo vento, deixaram a área encoberta por nuvem de fumaça e fuligem.

Segundo os bombeiros, o incêndio começou na região do Morro do Azeite e do o do Lontra em seis pontos isolados e distantes uns dos outros, o que eleva a probabilidade de que tenha sido provocado pela ação humana.

“Não é possível dizer ainda que foi criminoso, porque não foi feita perícia, mas certamente é fruto da ação do homem, seja por negligência ou por imprudência”, afirma o tenente-coronel Fernando Carminati, do Corpo de Bombeiros. “Fizemos um sobrevoo na segunda-feira [28] e vimos que era de grandes proporções. Então pedimos reforço de efetivo e apoio de outras instituições.”

Ao todo, 33 bombeiros trabalham das 8h às 21h no campo para conter o fogo. No solo, a mata é densa e de difícil o, e os bombeiros são guiados por uma equipe que acompanha a evolução do incêndio por meio de dois helicópteros. Três aviões auxiliam jogando água sobre as chamas.

Além disso, algumas fazendas turísticas e de agropecuária sustentável têm disponibilizado funcionários para auxiliar no trabalho dos bombeiros.

Os principais municípios atingidos foram Corumbá, na fronteira com a Bolívia, Miranda e Aquidauana, cidades a 440 km, 210 km e 150 km de distância, respectivamente, de Campo Grande. A BR-262, que liga esses municípios, está interditada em diversos trechos, alguns deles com mais de 10 km, para que a força-tarefa possa trabalhar no controle das chamas. O trabalho reúne Corpo de Bombeiros, Exército e Ibama/PrevFogo.

Devido à fumaça na pista, a Polícia Rodoviária Federal tem recomendado que população evite dirigir à noite tanto pela BR-262 quanto pela Estrada Parque, uma rota alternativa em meio a fazendas turísticas e de produção.

Além da fumaça, Corumbá e Miranda enfrentam falta de o à internet, uma vez que o incêndio danificou a fibra óptica que leva internet aos municípios. A empresa Oi afirmou em nota que enviou técnicos para repararem os estragos em três pontos, mas precisa seguir a orientação dos bombeiros quanto aos locais e os horários de o.

A população tem sofrido também com queda de energia em consequência das queimadas. Segundo a Energisa, empresa de abastecimento de energia elétrica nas cidades, “as queimadas provocam o desligamento de linhas e consequentes variações de tensão na rede elétrica que atende Corumbá, Aquidauana e Miranda”.

A empresa afirma que não tem responsabilidade sobre tais eventos porque atua apenas na distribuição da energia aos clientes do estado.

Como efeito, Corumbá está sem abastecimento de água em alguns bairros, já que a bomba de captação da cidade parou de funcionar durante algumas horas. “Desde domingo, a água acabou, só volta às 23h e dura pouco. Parece que tudo tem a ver com o fogo. Tomara que chova”, diz Luzinete Duarte, 43, diarista e moradora de um dos bairros afetados.

Os desdobramentos das queimadas são sentidos em diversos setores, incluindo o comércio, que não tem conseguido efetuar vendas em cartões de crédito ou débito por conta da falta de internet, e a saúde pública.

Nesta quinta-feira (31), a prefeitura emitiu nota informando a população de que devido aos problemas ocasionados pela falta de internet, a rede pública de saúde está impossibilitada de agendar consultas e também de entregar exames.

Luana Campos p6n4x

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