//////

Especialistas denunciam ‘fracking’ no Brasil 3r3vz

4 minutos de leitura
Ilan Zugman e Renan Andrade estiveram na Baixada Santista para conscientizar prefeitos e vereadores Foto: Rodrigo Montaldi/Diário do Litoral

Via Diário do Litoral g645d

Por Carlos Ratton

Ilan Zugman e Renan Andrade estiveram na Baixada Santista para conscientizar prefeitos e vereadores Foto: Rodrigo Montaldi/Diário do Litoral
Ilan Zugman e Renan Andrade estiveram na Baixada Santista para conscientizar prefeitos e vereadores. Foto: Rodrigo Montaldi/Diário do Litoral

Uma tecnologia nociva ao meio ambiente, que tem o fraturamento (fracking) hidráulico de rocha para extração do gás de xisto, altamente poluente a água, solo e ar, eliminando a biodiversidade e impedindo a produção e o desenvolvimento agrícola, está prestes a ser adotado no Brasil. A informação é dos dois especialistas em gestão ambiental da 350.Org Brasil e da Coalizão Não Fracking Brasil (Coesus) Ilan Zugman e Renan Andrade que, dias atrás, estiveram visitando a Baixada Santista para conscientizar prefeitos e vereadores da necessidade de criação de uma lei contrária ao “Fracking”.

Segundo eles, a Coesus conseguiu aprovar leis municipais que proíbem a tecnologia em dezenas de cidades. No entanto, sem consultar a sociedade civil, em 2013, a Agência Nacional de Petróleo e Gás Natural (ANP) já tinha leiloado blocos (áreas) para 12 empresas exploradoras e, agora, insiste nos leilões de áreas para adoção de uma tecnologia o Mundo está banindo.

“Com o fracking não há água, trabalho, não há vida. Na perfuração da rocha para obter o gás são injetados de 10 a 70 milhões de litros de água potável e um verdadeiro coquetel da morte, composto por mais de 700 produtos tóxicos, cancerígenos e radioativos, que se espalham por fissuras e chegam ao meio ambiente – lençol freático, aquíferos, enfim”, afirma Ilan Zugman, alertando que o Brasil possui o Aquífero Guarani.

Vale lembrar que o aquífero é considerado o maior reservatório subterrâneo de água doce do planeta, com 1,2 milhão de quilômetros quadrados, estendendo-se desde a Bacia Sedimentar do Paraná até a Bacia do Chaco–Paraná, estando presente em quatro países da América do Sul: Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina.

Impactos

Renan Pereira informa que o fracking afeta a agricultura, a pecuária, o turismo e a vida das pessoas que vivem no entorno dos poços. Ele conta que há estudos que também interage nas mudanças climáticas e promovem secas, enchentes e outros problemas.

“Já há áreas leiloadas em São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Maranhão, Mato Grosso, inclusive o do Sul, Amazonas. Pesquisas já constataram que 75% da biodiversidade da floresta é impactada de forma permanente e irreversível. O fracking só não ocorreu por conta de uma liminar (decisão judicial provisória), em nível nacional, proibindo a tecnologia no País”, afirma.

Para ludibriar a opinião pública, os especialistas revelam que os articuladores mudam a terminologia do fracking para “exploração não convencional, poço verde ou transparente. O Brasil já desenvolve projetos de exploração de energia solar, hídrica, biomassa e aeólica e outras. Não precisamos de fontes nocivas e perigosas como o fracking”, explica Zugman, que finaliza alertando que a Coesus desenvolve palestras e audiências públicas em todo o Brasil para conscientizar as pessoas, bastando entrar em contato com [email protected], pelos telefones (55) 41 3240-1160/1163. “Onde for preciso, vamos conscientizar”.

Ecoa 37h3q

Deixe uma resposta Cancelar resposta 3v1h5y

Your email address will not be published.

Mais recente de Blog s1741

Onças atacam animais domésticos no Pantanal: registros da APA Baía Negra em Ladário (MS) 92t6i

Moradora diz que sempre conviveram com essas onças, mas agora elas parecem buscar animais domésticos; Comportamento

Ferramenta interativa permite identificar frutos do cerrado c466d

Via Frutos Atrativos do Cerrado O projeto Frutos Atrativos do Cerrado tem o objetivo de descrever e divulgar

A beleza da Estrada Parque Pantanal 696l39

Texto originalmente publicado em 20 de abril de 2022 O texto a seguir traduz a percepção

Pantanal: quadro climático e hídrico e cenário para os próximos meses 3a3q6c

A partir de novembro/dezembro de 2024 e janeiro de 2025, as sub-bacias da parte norte da

O ‘Legado’ das Cinzas’: estudo mostra efeitos dos incêndios no Pantanal brasileiro através de testes toxicológicos das cinzas 3g5s4y

Em 2020, o Pantanal brasileiro sofreu incêndios devastadores, os quais levaram a levaram a destruição de