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Brigadistas controlam incêndio em comunidade de pescadores no Pantanal 5n1j63

5 minutos de leitura

por Alíria Aristides, Núcleo de Comunicação Ecoa 5n3a3i

A Brigada de Pescadores e Apicultores Bandeira, de Miranda (MS), realizou ontem o combate a um incêndio criminoso na Área de Preservação Permanente (APP) localizada nas margens do rio Miranda. O fogo também ameaçou as casas da região. Membros do esquadrão, formado por moradores locais ligados à Associação de Pescadores Artesanais de Iscas de Miranda (APAIM), relataram que o fogo foi controlado ontem à noite, mas que seguem realizando o monitoramento do local para controlar possíveis novos focos de incêndio. 

O grupo formado por sete brigadistas ou recentemente por treinamento com o Prevfogo/Ibama, entre os dias 10, 11 e 12 deste mês. A equipe também recebeu equipamentos provenientes de articulação entre a Ecoa e WWF-Brasil, fundamentais para o combate direto às chamas no incêndio de ontem.

Nilza Bandera, membra da brigada e moradora local, relata que mobilizou toda a família para o combate às chamas. “Foi muito perto de onde a gente mora, o fogo foi rápido. Foi difícil mas conseguimos controlar. A sorte é que a gente tinha feito o curso, estamos muito agradecidos”. 

Confira o relato de Nilza:

 

A pesca e a apicultura são a fonte de renda do grupo, que nos incêndios do ano ado perderam 35 caixas de colmeia destruídas pelo fogo. Segundo André Luiz Siqueira, diretor presidente da Ecoa, o interesse de formar a brigada na comunidade partiu também dos moradores. “Eles dependem da saúde do rio para pescar, das colmeias para obter renda. Isso foi um fator a mais para a comunidade ter interesse em formar a brigada, por isso tiveram zelo e vontade de serem brigadistas”.  

“A resposta rápida da brigada mostra efetivamente uma mudança de hábito, que estamos disseminando um método de defesa nos territórios que sempre queimam, que são áreas históricas de incêndio. A formação das brigadas não só capacitam as pessoas, mas também sensibilizam seu entorno”, conclui André. 

 

LINHA DE FRENTE 

No momento, os incêndios se propagam por diversas localidades do Pantanal. Neste contexto, as brigadas são a linha de frente no combate às chamas: nos últimos dias, várias Brigadas Comunitárias entraram em ação, salvando casas e vidas.

Além da Brigada de Pescadores-Apicultores Bandeira, a equipe da aldeia Brejão, em Nioaque (MS), também se mobilizou para conter um incêndio na região que se intensificou na noite de ontem. O trabalho da equipe se prolongou durante a madrugada e, com auxílio da brigada terena Limão verde e do Prevfogo/Ibama, foi possível conter as chamas. 

Nos últimos dias, a brigada formada na comunidade Porto Esperança, localizada 70 km à jusante de Corumbá (MS), às margens do rio Paraguai, precisou se mobilizar para combater o fogo que se aproximava da comunidade e ameaçava os moradores. Já na semana ada, o trabalho da brigada de Paraguai Mirim foi fundamental para controlar focos de incêndio na região

No começo do mês, a brigada indígena Lalima também precisou atuar. O esquadrão, treinado no fim de agosto, obteve êxito no combate a incêndios que se espalharam pela aldeia Terena localizada no município de Miranda.

 

Luiza p3m1

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