- Moradores de Corumbá e Ladário (MS), municípios localizados às margens do rio Paraguai, relatam aproximação mais frequente de onças-pintadas perto das casas.
- Secas e incêndios reduzem produtividade dos ecossistemas e inundação reduz territórios. Seriam razões para o comportamento atual de aproximação das casas?
De acordo com a Polícia Militar Ambiental, neste ano já foram feitos dois registros de onças na área urbana de Corumbá e Ladário (MS). No ano ado, no mesmo período, nenhum registro havia sido feito. Moradores mudaram a rotina e adotaram medidas como reforçar grades e proteção e controlar o horário dos animais nos quintais. 1a165t
A hipótese considerada pela Ecoa nesse momento é de que o comportamento dos animais, aproximando-se das casas e devorando cães e outras criações das famílias, pode estar relacionado aos eventos climático hidrológicos extremos. De que maneira? Se as secas e os consequentes incêndios contribuem para a redução da produtividade dos ecossistemas, dos quais dependem as onças, as chuvas intensas e a inundação em grande escala da planície promovem a redução de território seco que poderia ocupar, levando-as para a proximidade das casas.
Recentemente André Siqueira, biólogo e diretor da Ecoa, visitou a comunidade tradicional da Barra do rio São Lourenço e conversou separadamente com várias famílias sobre a presença das onças e todas foram unanimes em afirmar que a presença das onças nas proximidades das casas teve início em 2021, após os incêndios de 2020.