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Livro Ambiente Agrário do Pantanal Brasileiro 48t15

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O Grupo de Pesquisas em Geografia Agrária e Conservação da Biodiversidade do Pantanal – GECA lançou em 2015 uma coletânea de artigos que evidenciam o entrelaçamento entre os conflitos oriundos da questão agrária e a conservação do Pantanal. Utilizando diferentes conceitos, métodos e instrumentos de pesquisa, os artigos questionam a condução das políticas públicas do estado de Mato Grosso, dentro do Pantanal brasileiro, buscando perceber conflitos territoriais e lugares para aqueles que vivem o Pantanal.

“No Brasil vivemos um processo de construção de políticas públicas territoriais com maior participação social, mas que ainda reflete uma série de embates associados ao modo como a apropriação da terra se deu historicamente. Os processos participativos ainda são fragmentários, e muitas vezes cooptados por interesses maiores, conduzidos já no seu nascedouro, por ideologias que vedam os olhos dos cidadãos e que mutilam sua autonomia e prática democrática. Pesquisas que revelem o modo de ser e viver das comunidades locais tem uma importância crucial neste entendimento das disputas territoriais.

Esta coletânea reflete o trabalho do Grupo de Pesquisas em Geografia Agrária e Conservação da Biodiversidade do Pantanal – GECA, que tenho a felicidade de apresentar e que se coloca neste contexto. Trata-se de textos que evidenciam o entrelaçamento entre os conflitos oriundos da questão agrária e a conservação do Pantanal. Temas amplos do âmbito político, econômico e cultural são abordados nas pesquisas, que trazem questões envolvendo as disputas pelo território de vida diante do modo peculiar como as comunidades tradicionais usam e conservam seus recursos. Os artigos apresentam um panorama crítico da situação do Pantanal brasileiro face a um leque de questões sociopolíticas, culturais e ecossistêmicas a partir de um olhar cuidadoso sobre as pessoas que ali fazem sua história. Ao longo da leitura nos surpreende a ausência do Estado, na resolução de problemas socioambientais o que incentiva os conflitos numa sociedade sem modelo cívico, como a brasileira.

Nas pesquisas aqui reunidas chama a atenção o direito ao território. Ser “dono” não assegura o direito de autonomia cultural e valores. No caso das populações aqui iluminadas as disputas não lhes asseguram o modo de vida e autonomia de escolha sobre o seu futuro, ou seja, o território enquanto lugar. Retratar diferentes aspectos destas disputas territoriais e da conservação ambiental no Pantanal brasileiro é ao mesmo tempo discutir os processos socioeconômicos do agronegócio, da pecuária, os contextos culturais e ecossistêmicos num dos biomas mais peculiares do Brasil e patrimônio nacional”.

Leia a publicação na íntegra.

Alessandra Marimon 1r4s

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