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Amazônia tem o pior junho de queimadas em 16 ano 1a2u3r

5 minutos de leitura
(Foto: Nilmar Lage/Greenpeace)
  • Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais mostram que, em junho, a Amazônia teve quase 3 mil focos de incêndios, número recorde. 
  • Pará é principal responsável pelo alto número de focos de incêndios.
  • Dados mostram que o fogo está acima da média no mês também no Cerrado.
  • Cenário em outros biomas acende alerta para ocorrência de incêndios no Pantanal

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Via MetSul 465x1g

Conforme os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o número de focos de calor na Amazônia até o dia 28 de junho foi de 2.711. A última vez em que tantos focos foram anotados foi em 2007, quando o mês terminou com 3.519.

Como faltam dois dias ainda para o cômputo final de junho e cada dia em registrado, em média, 100 a 200 focos de calor, a tendência é que junho termine com número ao redor de 3.000. No ano ado, o bioma anotou em junho 2.562 focos de calor identificados por satélites.

O estado do Pará é o principal responsável pela estatística ruim de fogo de junho no bioma da Amazônia. Conforme os dados do Inpe, o estado anotou em junho até o dia 28 um número de 614 focos, quase o dobro da média histórica mensal de 343.

Junho, assim, vai terminar com mais queimadas que a média histórica mensal 1998-2022 de 2.682 focos de calor. Na série histórica do Inpe, o pior junho de queimadas foi 2004 com 9.179 focos de calor.

Já o sexto mês do ano com menor número de focos de calor se deu em 2009 com 1.023. Nos primeiros seis meses deste ano, até o dia 28 de junho, a Amazônia teve 7.980 focos de calor identificados por satélites.

O número está perto da média histórica do primeiro semestre de 7.795.

Leia também: Aumento de chuvas altera seca no Pantanal? Presidente da Ecoa avalia recuperação das águas e risco de novos incêndios 4k2p6t

É importante recordar que fogo na Amazônia é quase sempre provocado por ignição humana e não acidental ou natural por raios ou problemas na rede elétrica. Trata-se de uma floresta úmida em que o fogo se inicia para atividades de desmatamento visando o uso do solo para pecuária ou agricultura.

Chuva frequente e acima da média na Amazônia costuma inibir a ocorrência de fogo, o que explica que os meses do chamado inverno amazônico sejam os de menor incidência de queimadas.

Com um El Niño instalado e a perspectiva de chuva abaixo a muito abaixo da média nos próximos meses, o cenário se tornará propício para uma maior ocorrência de incêndios de origem ilegal durante o pico da temporada de fogo entre julho e outubro.

Projeção de anomalia de chuva de agosto a novembro mostra chuva abaixo a muito abaixo da média na região da Amazônia pela influência do El Niño | IRI

No Pantanal, por sua vez, junho vai terminar com menos fogo que a média. O bioma, arrasado por incêndios no inverno de 2020, até o dia 28 teve em junho apenas 76 focos de calor, número muito inferior à media histórica mensal de 157.

O mesmo não pode ser dito do Cerrado, bioma em que o desmatamento avançou muito nos últimos anos. Em junho, até o dia 28, os focos de queimadas no Cerrado totalizaram 4.089. O valor está acima da média histórica mensal de 3.779. O pior junho de fogo no Cerrado ocorreu em 2003 com 7.079 focos de calor.

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