A seca severa que atingiu a Amazônia em 2024 comprometeu drasticamente a safra da castanha, produto essencial para a alimentação e renda de centenas de famílias extrativistas. Segundo matéria publicada pelo O Globo, estima-se que a safra atual seja a pior já registrada, impactando comunidades que dependem da coleta do fruto. A baixa umidade e a alteração nos ciclos das chuvas prejudicaram a polinização das castanheiras, reduzindo drasticamente a produção. 375p5q
No Cerrado, na sub-bacia do rio Miranda, algo semelhante vem acontecendo. Agroextrativistas do CEPPEC (Centro de Produção Pesquisa e Capacitação do Cerrado), localizado no Assentamento Andalucia, em Nioaque (MS), relatam que a safra do baru – sem colheita há dois anos – vem sendo comprometida pelo calor intenso e pela rápida evaporação da água no solo. Embora as chuvas cheguem na região, a umidade não se mantém, e as flores do baruzeiro abortam antes da frutificação. Essa queda na produção provocou uma quebra na cadeia socioprodutiva do baru, afetando diretamente as famílias que têm no extrativismo uma importante fonte de renda.
A sub-bacia do rio Miranda, que drena para o Pantanal, enfrenta um cenário de grandes prejuízos sociais, econômicos e ambientais nos últimos anos. Incêndios, perda acentuada de vegetação nativa, a seca prolongada em 2024 e a baixa pluviosidade registrada em 2025 já causam impactos diretos na região, afetando a vegetação, a fauna e as atividades produtivas. O quadro exige aprofundar a análise dos impactos dos eventos extremos sobre os ecossistemas e as comunidades que dependem da bacia do rio Miranda.
Com informações do jornal O Globo
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