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Evento extremo de mortandade: Instituto de desenvolvimento Sustentável Mamirauá emite nota à sociedade v2e34

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Foto: Instituto Mamirauá.

O Instituto de desenvolvimento Sustentável Mamirauá, organização social vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, emitiu nota à sociedade sobre o evento incomum de mortandade de golfinhos de rios amazônicos. Segundo o texto, na região do Lago Tefé já foram registrados mais de 100 animais mortos. Confira: 54831

“O Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM) vem realizando esforços para entender as causas do evento, bem como buscar salvar os animais que ainda se encontram no lago. As diversas ações realizadas são coordenadas pela Dra. Miriam Marmontel, líder do Grupo de Pesquisa em Mamíferos Aquáticos Amazônicos, que trabalha há 30 anos na região, com apoio de outros grupos do IDSM, das áreas de Geociências, Programa de Qualidade de Vida, Saúde Única, entre outros. As ações também contam com o apoio local do ICMBio, Prefeitura de Tefé, Secretaria do Meio Ambiente, Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente, Exército (16º Brigada) e Defesa Civil.

Contamos com equipes dedicadas ao monitoramento dos animais vivos, busca e recolhimento de carcaças, coleta de amostras para análises de doenças e da água, e monitoramento das águas do Lago Tefé, incluindo a temperatura da água e batimetria dos trechos críticos. Até o momento, R$ 100.000,00 já foram destinados para a ação.

Ainda é cedo para afirmarmos a causa deste evento extremo de mortandade, mas de acordo com nossos especialistas, certamente está associado ao período de estiagem e à alta da temperatura da água do Lago Tefé, que em alguns pontos está ultraando a marca de 39ºC.

Neste final de semana, no Lago Tefé (AM), acontecerá uma mobilização emergencial dos resgates dos botos, com o apoio externo oferecido por instituições e equipes do Grupo de Resgate e Animais em Desastres (GRAD Brasil), WWF-Brasil, R3 Animal, Aquasis, Lapcom-USP, Centro Mamíferos Aquáticos-ICMBio, Instituto Baleia Jubarte, Sea Sheperd Brasil, Instituto Aqualie, Universidade Nilton Lin.

Até que a situação seja melhor compreendida, recomendamos para a população da região ter muito cuidado com o contato com a água do Lago Tefé, evitando o uso recreativo do mesmo”.

Em entrevista à CNN, Miriam Marmontel, pesquisadora do Mamirauá, falou sobre a possível causa da morte dos animais. “A minha impressão é que tem algo na água, obviamente, relacionado à situação de seca extrema, baixa profundidade dos rios e, consequentemente, ao aquecimento das águas. A média histórica da temperatura da água no Lago do Tefé é de 32 graus e, na quinta-feira, nós aferimos 40ºC até três metros de profundidade”.

O Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) publicou uma previsão de que a seca severa que atinge a Amazônia neste ano pode bater recorde e se estender até janeiro.

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