//

Pantanal em livro em inglês sobre a ecologia da pesca de água doce 4h5f4v

6 minutos de leitura
O livro foi escrito em inglês e publicado internacionalmente (Imagem: Divulgação)

Uma importante publicação sobre a pesca de água doce no mundo, lançada este ano, conta com informações sobre a atividade produzidas especificamente para a região pantaneira. O livro “Freshwater Fisheries Ecology” (“Ecologia da Pesca de Água Doce”, em tradução livre) é uma publicação de 898 páginas feita pela editora de trabalhos científicos Wiley Blackwell. A edição foi feita pelo pesquisador John Craig, que também é editor-chefe da revista “Journal of Fish Biology”, ou “Jornal da Biologia dos Peixes”. 66439

Captura de iscas no Pantanal - uma das modalidades da pesca (Foto: Jean Fernandes)
Captura de iscas no Pantanal – uma das modalidades da pesca (Foto: Jean Fernandes)

De acordo com Agostinho Catella, pesquisador da Embrapa Pantanal que integrou o time de colaboradores brasileiros do projeto, “o livro aborda a pesca de água doce em escala mundial. Fala sobre os escossitemas, o desenvolvimento e a gestão das pescarias, os efeitos das perturbações ambientais sobre a atividade e outros aspectos. Na seção sobre os recursos pesqueiros, a publicação apresenta as pescarias de água doce em todos os continentes. Um dos capítulos fala sobre a pesca na América no Sul”, afirma.

Agostinho Catella, um dos autores do livro (Foto: Alexandre Röing)
Agostinho Catella, um dos autores do livro (Foto: Alexandre Röing)

Segundo Agostinho, John Craig convidou o pesquisador Mário Barletta – professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em Recife – para reunir uma equipe que pudesse apresentar as informações mais relevantes sobre a pesca no continente sul-americano. “O Mário buscou especialistas em sete bacias no continente: do rio Magdalena, do rio Orinoco, da Bacia Amazônica, do rio São Francisco, do rio de La Plata, da Lagoa dos Patos e dos lagos da Patagônia”, afirma.

Dessa forma, os pesquisadores Agostinho Catella, Angelo Agostinho (da Universidade Estadual de Maringá – UEM) e

Claudio Baigún (do Instituto Tecnológico de Chascomus, na Argentina) ficaram responsáveis pela seção que descreveu a pesca na bacia do rio de La Plata. O pesquisador da Embrapa Pantanal abordou mais diretamente a região pantaneira na publicação.

“Nós descrevemos como funciona a pesca profissional artesanal e amadora (ou recreativa) no Pantanal e sua estreita relação com o ambiente, assim como suas

O livro foi escrito em inglês e publicado internacionalmente (Imagem: Divulgação)
O livro foi escrito em inglês e publicado internacionalmente (Imagem: Divulgação)

variações. Apresentamos as tendências que elas seguiram desde que tiveram início, as políticas pesqueiras que foram adotadas e os conflitos de interesse entre os atores. Depois, abordamos a produção pesqueira – trecho que foi baseado, principalmente, nas informações que produzimos por meio do Sistema de Controle da Pesca de Mato Grosso do Sul, o Sesca/MS”, afirma. Esse sistema, desenvolvido por meio de uma parceria com o Instituto de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul (Imasul – SEMADE/MS) e 15º Batalhão da Polícia Militar Ambiental (15º BPMA-MS), possui cerca de 20 anos de dados coletados. “Em relação à coleção de informações sobre pesca profissional artesanal e amadora de água doce, seguramente é o maior conjunto que existe no país”, diz Agostinho.

Para a bióloga Fânia Campos, fiscal ambiental do Imasul, a publicação dos dados sobre a atividade pesqueira na bacia do Alto Paraguai é um reconhecimento significativo para o Sesca/MS. “É a representação de que o nosso trabalho está sendo validado. Os dados e informações obtidos pelo Sistema também são utilizados para o gerenciamento e ordenamento da atividade no estado. São informações que só existem aqui em MS”, afirma Fânia. Para Agostinho, uma coleção extensa como a do Sesca/MS favorece a percepção das mudanças sofridas pela atividade ao longo dos anos.

“A gente consegue enxergar o contraste entre o que a pesca foi, por exemplo, quando somente a pesca profissional artesanal era realizada, e como é a situação atual, em que há outros atores atuando”, diz. “Nós temos a pesca de subsistência, a pesca profissional artesanal (atividade tradicional que cumpre um papel socioeconômico de grande importancia na região) e a pesca amadora, que gera emprego, renda, movimenta a economia e continua fazendo do Pantanal o principal destino no Brasil para a atividade”.

Confira o livro “Freshwater Fisheries Ecology” no site da editora.

Fonte: 24 Horas News

Alessandra Marimon 1r4s

Deixe uma resposta Cancelar resposta 3v1h5y

Your email address will not be published.

Mais recente de Blog s1741

Mulheres do Cerrado: Oficinas de plantas medicinais fortalecem saberes tradicionais 6c4y6x

Duas oficinas realizadas em maio pela Ecoa, no âmbito do projeto “Despertando o Viver no Cerrado:

Estudo: poluição tóxica de incêndios florestais atinge mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo 1i3k1o

Via ClimaInfo. Populações de países onde as condições de vida são mais precárias e há menos

Chuvas na Argentina provocam inundações e evacuação de 3.000 pessoas 4v3s2u

Via Climainfo Tempestades também castigaram o litoral do Nordeste; no Recife, 80 imóveis foram interditados por

“PL da Devastação” tem dispositivos que contrariam decisões do STF 5k2s2n

Via Climainfo  Inconstitucionalidades incluídas na Câmara são mantidas nas comissões de Meio Ambiente e Agricultura do

Abelhas nativas no Pantanal 1f374s

Conheça as principais espécies de abelhas nativas encontradas no Pantanal!