//

Olha o Bicho! – Queixada 174c26

4 minutos de leitura
Os queixadas vivem em grandes grupos, fator que proporciona segurança (Foto: Pete Oxford)

Nomes populares: queixada, porco-do-mato, pecari, canela-ruiva Nome científico: Tayassu pecari Estado de conservação: “vulnerável” na lista vermelha da IUCN e na Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção 294l1m

Os queixadas vivem em grandes grupos, fator que proporciona segurança (Foto: Pete Oxford)
Os queixadas vivem em grandes grupos, fator que proporciona segurança (Foto: Pete Oxford)

Quando está irritado, ele eriça uma faixa de pelo do dorso, exala um cheio desagradável e bate os dentes com força, fazendo um barulho assustador. Poucos animais ousam atacá-lo. Só dois costumam se atrever a encarar este porco-do-mato: a onça e o homem. O queixada, um grande porco-do-mato que vive em grupos de mais de uma centena de indivíduos, é uma das principais presas da onça-pintada e vítima frequente de ações humanas.

Ele ocorre de norte a sul do Brasil e é um animal típico das florestas tropicais úmidas. É encontrado também em grande parte dos países das Américas do Sul e Central. Mas a espécie é considerada vulnerável. O queixada precisa de grandes áreas, diversidade de habitat contínuos dentro de suas áreas de uso e desaparece muito rapidamente devido a ameças humanas. Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), suspeita-se que as populações de queixada tenham sofrido pelo menos uma redução de 30% nos últimos 18 anos (três gerações) e podem vir a sofrer redução na mesma porcentagem nos próximos 18 anos, causadas principalmente por desmatamentos, alteração de habitat e caça.

Agricultores consideram o queixada um “animal praga”, devido aos danos que causa às lavouras de milho, e muitas vezes é abatido como retaliação a esse prejuízo. E todos perdemos com isso, pois o queixada é um grande amigo das florestas. Ele desempenha um importante papel na manutenção dos ecossistemas, tanto como predador, quanto como dispersor de sementes, o que faz dele um semeador de árvores.

Na hora de comer, o queixada não tem luxos: frutos, raízes, tubérculos, talos de diversas plantas, insetos, rãs e cobras. (Foto: Bolivar Porto)
Na hora de comer, o queixada não tem luxos: frutos, raízes, tubérculos, talos de diversas plantas, insetos, rãs e cobras. (Foto: Bolivar Porto)

O queixada pesa em torno de 35 kg a 40 kg, tem cerca de meio metro de altura e pelagem cinza-escura longa e espessa e uma característica faixa de pelos claros ao longo dos dois lados do queixo. Nos grandes grupos em que costumam viver, os machos mais velhos vão na frente, depois vão os machos jovens e por último as fêmeas com as crias. As fêmeas têm geralmente dois filhotes a cada gestação, que am a acompanhar a mãe desde os primeiros momentos de vida. Na hora de comer, o queixada não tem luxos. Se alimenta de frutos, raízes, tubérculos, talos de diversas plantas, insetos, rãs e cobras.

Esses animais não costumam atacar o homem. Mas diz o bom senso que não é nada recomendável enfrentar um bando de queixadas assustados. Eles acreditam que a união faz a força – e neste caso, faz mesmo – e se defendem investindo em conjunto contra o agressor. Como enxergam pouco, vão pra cima e derrubam tudo o que encontram pela frente.

Fonte: Luciana Ribeiro – Fauna News

Luana Campos p6n4x

Deixe uma resposta Cancelar resposta 3v1h5y

Your email address will not be published.

Mais recente de Blog s1741

As onças no Pantanal e as crises hídrico-climáticas 302w28

Alcides Faria Biólogo e diretor da Ecoa. Revisado por Fernanda Cano e André Siqueira.   –

Fumaça de incêndios invade casas, e proteção global custaria bilhões 1w334o

Mesmo dentro de casa, a fumaça tóxica de incêndios florestais pode ser perigosa. Um estudo publicado

Legalidade de megadesmates no Pantanal avança para julgamento no STJ 5pm20

Legalidade de licenças para megadesmates no Pantanal Sul pode ser avaliada em breve no STJ; Ministério

André Nunes, diretor da Ecoa, representa o Pantanal em Fórum Global no Canadá – Conheça os destaques! 252t

O diretor da Ecoa André Nunes e Luciana Vicente (coordenadores da Paisagem Modelo Pantanal) estão representando

“Foi um prazer conhecer tantas histórias de dedicação que essas mulheres tem com o Cerrado. A maioria das inscritas estava plenamente apta a participar desse programa, o que tornou mais difícil a seleção (…). Por isso, trabalhamos também pelo aumento de vagas disponíveis para receber mais mulheres nessa jornada que se inicia a partir de agora e que esperamos que seja o semear de um Cerrado mais forte, mais equitativo e justo para as mulheres pelo Cerrado”. – Nathalia Ziolkowski, presidenta da Ecoa, sobre a divulgação das selecionadas para o Curso de Formação de Mulheres Líderes do Cerrado 666249

“A publicação deste resultado é uma grande alegria e sua divulgação hoje deriva do trabalho intenso